Definição de uma prova de maratona
Maratona consiste em provas de longa distância nas quais o competidor segue um percurso de águas com características não definidas por modelo pré-estabelecidos, devendo estar preparado paracarregar sua embarcação (“portage”) através de obstáculos intransponíveis por água, ou entre dois cursos de água.
I - Normas gerais
1) Competições internacionais
Toda competição anunciada como nacional deve seguir o regulamento da CBCa. Competições organizadas por federações estaduais ou por seus clubes filiados, são consideradas nacionais se competidores de um outro estado são convidados para participar. Estas competições devem ser controladas por pelo menos um árbitro ou juiz reconhecido pela CBCa.
2) Competidores
Somente membros de clubes filiados à CBCa, tem o direito de participar de uma competição nacional.
Um competidor é sempre permitido participar individualmente em uma competição nacional, mas neste caso deve obter permissão especial de sua entidade. Se um competidor é membro de uma federação estrangeira ao país no qual está domiciliado, ele é permitido competir em nome de uma associação deste país mas deve obter permissão especial da federação de seu país de origem. Se um competidor esta domiciliado em mesmo país estrangeiro por dois anos ou mais, não é necessário pedir esta permissão à federação de seu país de origem. Esta regra não é aplicada para competidores que deixaram seu pais de origem e adquiriram, através do casamento, a nacionalidade do país em que residem. Neste caso, eles podem competir pela federação de seu novo país sem cumprir esse período de dois anos.
3) Categorias
As provas de maratona podem incluir as seguintes categorias:
Homens: K-1, K-2, K-4, C-1 e C-2.
Mulheres: K-1 e K-2.
Misto: K-2 e C-2.
4) Programa oficial
Todas as entidades devem enviar à sede da CBCa e para o Diretor do Comitê de Maratona, antes de 15 de Setembro, a candidatura para sediar eventos nacionais no ano seguinte, para que possa ser aprovadas e incluídas no calendário da CBCa.
Mudanças no calendário podem ser feitas até o dia 30 de novembro. Depois desta data, o calendário será considerado completo para publicação.
II - Categorias e normas de construção de embarcações
5) Restrições
K-1 K-2 K-4 C-1 C-2
Comprimento máx. (cm) 520 650 1100 520 650
Largura min. (cm) 51 55 60 75 75
Peso min. (Kgs) 8 12 30 10 14
As diretrizes para qualquer material de propaganda carregado nas roupas e equipamento do canoístas serão as seguintes:
a) Propagandas de cigarros não serão permitidas.
b) A CBCa e as federações estaduais, quando na organização de um evento internacional, não poderão promover nenhum patrocinador exclusivo.
c) As entidades filiadas, participando de Campeonatos Brasileiros ou Copas Brasil, poderão ter uniformes com o logotipo do patrocinador.
d) Todo material de propaganda deve ser disposto de tal maneira que não interfira na identificação do competidor e não afete o resultado da prova.
e) Todo material de propaganda deve estar de acordo com o código desportivo do COB e com o regulamento da CBCa.
Qualquer embarcação, acessório ou artigo de roupa que não esteja compatível com as condições acima mencionadas não serão permitidos durante a competição. As equipes são responsáveis por seu próprio equipamento.
6) Construção
a) Caiaques
Todo tipo de material é permitido. A linha longitudinal e transversal do casco do barco deve ser convexa e não interrompidos.
Lemes de direção são permitidos. A espessura máxima da lamina do leme não deve exceder 10 mm no K-1 e K-2, ou 12 mm no K-4, caso o leme seja uma extensão ao comprimento do caiaque.
b) canoas
Todo tipo de material é permitido. As linhas longitudinais e transversais do casco da canoa devem ser convexas e não interrompidas. A canoa deve ser construída simetricamente sobre o eixo longitudinal.
Lemes de direção ou qualquer outro acessório que controle a direção da canoa não são permitidos. A quilha, caso haja, deve ser reta e estender-se por toda longitude da canoa , não podendo sobressair mais do que 30 mm do fundo do casco.
O C-1 pode ser inteiramente aberto e não poderá estar fechado mais do que 150 cm na proa e mais do que 75 cm na popa, medidos desde o ponto mais afastado da respectiva cobertura.
O C-2 também pode estar inteiramente aberto, a longitude mínima da abertura deverá ser 295 cm.
Saias removíveis poderão ser utilizadas.
c) Esgotadores de água
Bombas operadas manualmente poderão ser instaladas em ambos, caiaques e canoas. Esgotadores que interrompem a linha do casco não são permitidos. Bombas operadas eletricamente somente poderão ser utilizadas quando os organizadores da prova autorizarem por razões de segurança. Bombas ou esgotadores de água automáticos poderá ser instalada em ambos e canoa.
d) Nenhuma substância poderá ser adicionada nas embarcações que dêem aos competidores uma vantagem injusta. O uso de lubrificantes no casco não é permitido.
7) Controle de embarcação
O comprimento do caiaque e da canoa deve ser medido entre os extremos da proa e popa. As proteções de proa e popa se houverem, deverão ser incluídas. Todo leme que forme uma continuação ao comprimento do caiaque não é incluído na medida. O través do caiaque ou canoa deverá ser medido pela parte mais larga, qualquer que seja. Na canoa, este ponto pode estar em qualquer lugar da secção transversal, se considerando a típica inclinação central. O peso da canoa ou caiaque deve ser medido quando esvaziada toda a água, poderão estar incluídos flutuadores, acentos, finca-pés, sistema de leme e bombas fixas, mas deverão ser excluídos remos, saias e recipientes de bebida.
III - Organização de competições
8) Árbitros
As competições nacionais deverão ser organizadas sob a supervisão dos seguintes árbitros:
Árbitro Chefe.
Diretor Técnico.
Secretário de Competição.
Árbitro(s) de Largada.
Árbitro Alinhador.
Juiz de Percurso.
Juiz (es) de Chegada.
Cronometristas.
Examinador de Embarcações.
Árbitro de Embarcações.
Oficial de Segurança.
Locutor Oficial.
Assessor de Imprensa.
Se as circunstâncias permitirem, uma pessoa pode acumular duas das funções acima. A direção máxima da competição ficará a cargo do Comitê de Competição formado pelo:
Árbitro Chefe,
Diretor Técnico,
Oficial de Segurança.
O Comitê de Competição deverá:
a) Organizar a competição e supervisionar seu desenvolvimento.
b) No caso de mau tempo ou outras circunstâncias imprevistas que impossibilitam o desenvolvimento ou o término da competição, adiar e decidir por outra data, cancelar a competição ou ainda, se a competição já foi iniciada, anular ou reformular o programa de competição.
c) Receber os protestos que possam ser feitos e solucionar os conflitos que possam surgir.
d) Decidir sobre os assuntos concernentes à desqualificação nos casos onde o regulamento foi quebrado durante a competição. A decisão do Comitê deve ser baseada sobre o regulamento da CBCa para provas de maratona. Sanções, de acordo com os estatutos da CBCa, poderão ser impostas (ex.: desqualificação por um período maior do que a duração da competição em questão).
e) Antes que uma decisão, concernente a uma infração ao regulamento, seja tomada, se escutará a opinião dos árbitros que estão no controle da prova, se isso se fizer necessário para esclarecer a infração alegada.
O Comitê de Competição poderá desqualificar qualquer competidor que se comportar impropriamente ou que com sua conduta ou fala mostre desrespeito para os árbitros, outros competidores ou espectadores.
Um membro do Comitê de Competição não poderá participar em julgamento que envolva a desqualificação de um atleta de sua própria entidade.
9) Deveres dos Árbitros
O Árbitro Chefe, que é também o presidente do Comitê de Competição, deverá decidir todos os assuntos que surgirem no decorrer da competição que não estejam previstos neste regulamento.
O Diretor Técnico é responsável pela preparação e desenvolvimento da competição.
O Secretário da Competição é responsável pelo registro dos resultados e preparará a lista dos vencedores. Ele deve registrar a hora de todos os protestos apresentados. Deve prover o Assessor de Imprensa com todas as informações necessárias a respeito do programa do evento e dos resultados.
O Árbitro de Largada, decide todas as questões concernentes às largadas das provas e, sozinho, é responsável pela decisão quanto as largadas falsas. Deve verificar se a pistola de largada está em bom funcionamento. Deve chamar os competidores para os seus lugares e dar a largada de acordo com o regulamento para provas de maratona. Sua decisão é final.
O Árbitro Alinhador é responsável por trazer os barcos para a linha de largada com o mínimo possível de atraso. Deve verificar a roupa do competidor, o numeral nas costas do atleta e no barco. Quando todos os barcos estiverem alinhados ele deve notificar o Árbitro de Largada levantando uma bandeira branca.
O Juiz de Percurso deve assegurar que durante a prova as normas sejam cumpridas. Se estas são quebradas, deve comunicar a infração para o Árbitro Chefe que, por sua vez, deve comunicá-la ao Comitê de Competição. O Comitê deve então, decidir se algum dos competidores envolvidos deverão ser desqualificados ou não. O árbitro de percursos pode indicar auxiliares para supervisionar pontos estratégicos no decorrer do percurso.
Os Juizes de Chegada decidem a ordem que cada competidor cruzou a linha de chegada. Se os árbitros não estão de acordo com a colocação de dois ou mais competidores, o resultado deverá ser decidido por maioria simples. No caso de empate na votação, o Árbitro Chefe deve ter o voto decisivo. A decisão dos árbitros é final.
Os Cronometristas são responsáveis pelo registro dos tempos. Antes de cada prova o chefe dos cronometristas deve verificar se os cronômetros ou outros equipamentos de cronometragem estão em bom funcionamento.
O Examinador de Embarcações deve verificar se as dimensões dos barcos, equipamentos, roupas e propaganda de patrocinadores estão de acordo com as normas de maratona da CBCa, devendo marcar a passagem pela vistoria. Não satisfazendo qualquer requisito da CBCa, devem ser excluídos da competição.
O Árbitro de Embarcação confirma se o barco e equipamento foram aprovados pelo Examinador. Confirma ele próprio que o barco, equipamento e roupas do competidor estão de acordo com o regulamento. Quando satisfeito despacha os barcos, em ordem apropriada para o alinhador.
O Oficial de Segurança é responsável por aconselhar o Comitê de Competição sobre as medidas de segurança necessárias e verificar se estas foram tomadas.
O Locutor Oficial, sob as instruções do organizador da competição, anuncia as largadas de cada prova, ordem de largada e colocação dos competidores durante a prova. Depois de terminada, ele anunciará os resultados.
O Assessor de Imprensa deve fornecer todas as informações necessárias aos representantes da imprensa, rádio e televisão sobre a prova e seu desenvolvimento. Ele está autorizado, portanto a pedir estas informações para os vários árbitros, que deverão fornecer-lhe assim que possíveis cópias dos resultados oficiais.
10) Árbitros Internacionais de Maratona
O reconhecimento como Árbitro Internacional de Maratona é dado pela FIC para aquelas pessoas que passaram por um exame apropriado.
Somente a CBCa tem o direito de nomear candidatos para este exame. Os nomes dos candidatos devem ser enviados para a Secretaria Geral da FIC até dois meses antes da data do exame. O requerimento deve ser acompanhado por uma taxa de US$ 20 que não será reembolsada no caso do candidato não for aprovado no exame.
Os candidatos devem ser maiores de 25 anos e até 60 anos, devem ter trabalhado como árbitro um mínimo de 5 vezes e possuir experiência apropriada.
Uma cópia do formulário de requerimento deve também ser enviada para o presidente do Comitê de Maratona.
O exame será realizado em umas das línguas oficiais da FIC e será baseado nos estatutos e regulamentos de maratona.
Se uma Federação Nacional deseja sediar o exame alguma outra data, a Federação deverá financiar os gastos de viagem e estadia para os membros do Comitê.
Candidatos que não forem aprovados em um exame poderão inscrever-se para outro, mas não antes do ano seguinte.
Candidatos que tiveram êxito serão credenciados com um cartão de legitimação como Árbitro Internacional de Maratona. O custo decorrente de um candidato envolvido com o exame deve ser financiado pela Federação Nacional deste candidato.
11) Convites
Um convite para uma competição nacional deve conter as seguintes informações:
a) Data e lugar da competição.
b) Situação e mapa do percurso.
c) Categorias e distâncias das provas.
d) Seqüência e horário de largada das provas.
e) Características do percurso, condições da água e grau de dificuldade.
f ) Total das taxas.
g) Endereço para onde devem ser mandadas as inscrições.
h) Data limite para receber as inscrições. Esta data não deve ser anterior a 14 dias antes do primeiro dia de competição.
12) Inscrições
As inscrições para uma competição nacional pode ser feita somente através de um entidade filiada a CBCa e de acordo com os regulamentos fornecidos no convite. A inscrição deve sempre conter as seguintes informações:
a) O nome do clube ao qual o competidor pertence assim como o número de cadastro na CBCa.
b) As provas nas quais o time pretende competir.
c) Nome e sobrenome de cada competidor, juntamente com a data de nascimento. Ao inscrever competidores em eventos nas categorias Máster, Júnior, Cadete, Menor e Infantil, o chefe de equipe deve apresentar na reunião de chefes de equipes, documento de identidade com fotos, que comprovem a idade dos competidores.
d) Para eventos denominados como Campeonato Brasileiro ou Copa Brasil, detalhes semelhantes no caso de reservas, se houver. Para outros eventos do calendário da CBCa, não é necessário especificar os nomes de reservas nas inscrições enviadas. Junto com os nomes das tripulações, as entidades poderão inscrever suplentes em todas as provas como segue: K-1 e C-1 uma pessoa, K-2 e C-2 duas pessoas.
Suplentes podem entrar em qualquer dos barcos inscritos na competição em questão. Em provas de vários estágios a tripulação não poderá ser trocada após a largada da prova.
Uma inscrição pode ser telegrafada se despachada antes da meia-noite do último dia para receber as inscrições. Inscrições por telegrama devem ser confirmadas imediatamente por carta e, na eventualidade de conflitos de informações, o conteúdo da carta terá prioridade.
Quando feito às inscrições, as federações devem fornecer as cores dos uniformes usados pelos competidores e estas cores não poderão ser trocadas durante a competição.
Inscrições fora do prazo estabelecido não serão aceitas.
13) Recebimento de inscrições e programas
Os formulários de inscrição devem ser de conhecimento dentro de 48 horas do seu recebimento. Para outros eventos que não sejam Campeonato Brasileiro e Copa Brasil, a reunião dos chefes de equipe devem ser realizadas não menos que três horas antes da largada da primeira prova, para determinar os detalhes finais das inscrições.
Depois da reunião, o programa definitivo deve ser completado e disponível no local da prova dando nomes e entidades dos competidores e o resultado do sorteio, se este foi necessário. Para Campeonato Brasileiro e Copa Brasil, a reunião dos chefes de equipe deve ser ao menos 24 horas antes da largada da primeira prova. Depois da reunião, o programa definitivo deve estar disponível no local da prova, fornecendo os nomes e entidade dos competidores assim como o resultado do sorteio.
14) Alterações de inscrição e retiradas da mesma
Para eventos denominados como Campeonato Brasileiro ou Copa Brasil, somente aqueles suplentes listados na inscrição são permitidos repor um competidor.
A notificação de tais alterações deve ser feita na reunião de chefes de equipes.
O Árbitro Chefe pode, em circunstâncias excepcionais, aceitar a alteração de competidores por um suplente listado até uma hora antes da largada da primeira prova. A decisão do Árbitro Chefe quanto o que constitui uma circunstância excepcional é final e não esta sujeita a apelação.
As entidades têm até 48 horas de antecedência à largada da primeira prova, para cancelar numericamente uma embarcação. O não cumprimento desta determinação poderá acarretar na perda de 30 (trinta) pontos por embarcação não cancelada na pontuação geral
A retirada de uma inscrição é considerada final e não poderá ser feita a reinscrição desta mesma tripulação. Taxas de inscrição não serão reembolsadas.
15) Alterações na seqüência de eventos
A seqüência de provas fornecidas no convite, assim como os intervalos entre as provas no programa são compromisso dos organizadores. Não poderão ser feitas alterações sem o consentimento dos chefes de equipe ou dos representantes das entidades.
16) Sinalização
Bandeiras marcando os limites de portage devem ser divididas diagonalmente com uma metade em vermelho e a outra em amarelo.
As linhas de largada e chegada são marcadas com bandeiras vermelhas nos pontos onde estas linhas cruzam os limites externos do percurso.
17) Percursos
a) Rios sem obstáculos ou interrupções.
b) Rios com obstáculos tais como barragens, rochas ou águas rasas que envolvam portages obrigatórias ou opcionais.
c) Águas abertas: lagos, estuários ou mar aberto.
d) Qualquer combinação das acima citadas.
Extensão do percurso:
Sênior, masculino - mínimo de 20 km, sem limite superior.
Sênior, feminino - mínimo de 15 km, sem limite superior.
Juniores - mínimo de 15 km, sem limite superior.
Cadetes – mínimo de 10 km, sem limite superior.
Menor – mínimo de 5 km, sem limite superior.
As provas podem ser realizadas em um ou vários estágios e em um ou mais dias, o resultado final será baseado no tempo total de prova.
Os pontos de retorno devem ser negociados de acordo com o regulamento.
Percursos para eventos de Copa Brasil podem refletir as características de maratona da entidade local.
18) Numeral
Todos os caiaques e canoas devem levar um número o qual deve ser fixado segundo instruções dos organizadores da prova.
19) Instruções para os competidores
Cada chefe de equipe deverá receber instruções impressas ou escritas pelo menos 5 horas antes do início da competição, contendo as seguintes informações:
a) Informações detalhadas do percurso e sua marcação.
b) Procedimento e horário de largada.
c) Linha de largada.
d) Linha de chegada.
e) Numerais dos competidores.
f) Equipamento de segurança obrigatório.
g) Transporte para barcos e competidores, caso seja provido pelos organizadores.
20) Protestos
Um protesto contra o direito de participação de uma equipe a uma determinada prova, deve ser encaminhado ao Árbitro Chefe até uma hora antes da largada da prova.
Um protesto feito após isso, com 31 dias da data em que a prova em questão foi realizada, é somente permitido se os árbitros da associação que está entrando com protesto puderem provar que os fatos nos quais o protesto esta baseado, vieram a seus conhecimentos depois do limite de uma hora antes da largada da prova.
Um protesto atrasado deve ser encaminhado ao Comitê de Maratona da CBCa acompanhado pela taxa determinada.
Um protesto feito durante a competição, relatando um incidente na prova, deve ser enviado para o Comitê de Competição e recebido pelo Árbitro Chefe no máximo uma hora depois dos competidores envolvidos no incidente terem completado o percurso ou, no caso de terem sido forçados a abandonar a prova, uma hora depois do abandono ter sido notificado para a organização.
Os organizadores devem ser permitidos de iniciar a publicação dos resultados preliminares e cumprir com a cerimonia de premiação depois que um terço ou os primeiros três competidores (no caso de formarem a maioria dos participantes) da categoria tenham completado o percurso, ou seus abandonos notificados à organização.
Todos protestos devem ser feitos por escrito e acompanhados por uma taxa de US$ 25 (ou uma quantia equivalente na moeda local) a taxa será reembolsada no caso de o protesto ser aceito.
21) Apelações
Competidores tem o direito de apelar para a CBCa, através de sua entidade contra a decisão do Comitê de Competição, dentro de trinta dias da data em que a competição foi realizada. A apelação deve ser acompanhada por uma taxa de US$ 25, ou equivalente, a qual será reembolsada no caso da apelação ser aceita.
O Conselho admistrativo da CBCa devem pronunciar a decisão final baseado na recomendação do Comitê de Maratona.
22) Pontuação
Em Campeonatos Brasileiro, os atletas, em suas respectivas categorias, pontuarão para a sua entidade de acordo com o seguinte critério:
1°. Colocado - 70 pontos
2°. Colocado - 42 pontos
3°. Colocado - 27 pontos
4°. Colocado - 16 pontos
5°. Colocado - 10 pontos
6°. Colocado - 06 pontos
7°. Colocado - 03 pontos
8°. Colocado - 02 pontos
9°. Colocado - 01 ponto
As seguintes categorias serão validas para a pontuação geral por equipe:
Caiaque – escola - Infantil - Masculino e Feminino
K-1 / K-2 / K-4 - Menor / Cadete / Júnior / Sênior / Máster - Masculino e Feminino
C-1 / C-2 - Menor / Cadete / Júnior / Sênior / Máster - Masculino
Para que uma prova seja válida para a pontuação final, é preciso haver no mínimo três embarcações e/ou o mínimo duas entidades inscritas, participando do evento. Caso este número não seja atingido, o atleta poderá competir na categoria imediatamente superior.
IV - Regulamento para as provas
23) Desqualificação
Todo competidor que tentar ganhar a prova por meios ilícitos, ou que não respeite o regulamento, ou manifeste desprezo pelo regulamento será desqualificado por toda a duração da competição em questão.
Caso um competidor tenha completado uma prova com um caiaque ou canoa que, sobre inspeção, não esteja de acordo com as limitações da CBCa, será desqualificado da prova em questão.
É proibido, durante a competição, ser acompanhado por outros barcos ao longo do percurso.
Tais atos devem acarretar na desqualificação do competidor concernente.
Todas desqualificações feitas pelo Comitê de Competição devem ser confirmadas por escrito imediatamente, explicando os motivos que justificam a decisão. O chefe de equipe do competidor punido deve ser notificado com uma cópia do anúncio, assinando e colocando a hora exata do recebimento que marcará o início do prazo para protesto.
24) Formas de propulsão
Caiaques devem ser propulsionados unicamente por meio de um remo de pás duplas. Canoas canadenses devem ser propulsionadas unicamente por meio de um remo de pá única. Esses remos não podem estar fixos no barco de forma alguma.
25) Largada
A) A linha de largada deve ser marcada por duas bandeiras vermelhas ou duas bóias vermelhas ou por uma combinação de ambas.
B) Os competidores devem estar na largada na hora especificada no programa. A largada deve ser dada não importando se falta algum competidor.
C) As categorias devem largar na ordem descendente, da mais rápida para a mais lenta, como determinado pelo Comitê de Competição.
D) O método de largada deve ser um dos citados a seguir, devendo ser decidido pela organização e incluído no livro de informações distribuídos anteriormente.
d.1) Largada Estacionária
As embarcações se posicionam com a proa tocando a linha de largada e devem permanecer imóveis até que se de a ordem de saída. Os barcos poderão ser segurados pela popa.
Sempre que possível deve ser utilizada a largada estacionária. Quando isto é impossível ou impraticável devido a falta de espaço e/ou condições de água, as seguintes alternativas nos procedimentos de largada poderão ser empregadas:
d.2) Grid de Largada
Equipes igualmente representadas em cada fila com as posições sendo determinadas por sorteio
d.3) f.3) Largada Le Mans
Os barcos são alinhados na margem em ordem determinada por sorteio.
d.4) Largada Lançada
Quando fortes correntezas dificultam uma largada estacionária, poderá se optar por este tipo de largada onde é permitido aos barcos deixarem-se levar pela correnteza para a linha de largada visando cruzá-la ao sinal.
f.5) Largada intervalada
Quando a largada simultânea é impraticável ou desaconselhável, poderá se optar pela largada intervalada sendo a ordem de saída determinada por um sorteio. Uma lista dos competidores com as respectivas horas de largada deverá ser fornecida aos chefes de equipe pelo menos três horas antes do início da competição e fixada no quadro de informações próximo ao local de largada.
É também possível ter uma largada intervalada para grupos.
E) Em todos os casos os canoístas devem ser chamados para a água pelo menos 10 minutos antes do horário previsto para a largada ou, no caso da largada Le Mans, dar um aviso de 10 minutos
F) Os seguintes procedimentos deverão ser aplicados para as respectivas largadas:
f.1) Largada estacionária
f.2) Grid de largada
O árbitro de largada deve assegurar que todas as embarcações estão paradas na linha de largada ou na linha do grid apropriadamente.
Quando o árbitro de largada certificar-se que estão todos parados, deve dar o sinal ou a palavra “atenção” seguida por um tiro, uma buzina de largada ou a palavra “sai”.
Se um competidor iniciar a remar quando ouvir a palavra “atenção”, sem aguardar a palavra “sai”, ele terá cometido uma largada falsa.
Considera-se irregular a conduta dos participantes que tentem largar antes de receber a ordem, devendo ser punidos com uma advertência. Uma segunda advertência resultará em dois minutos de penalização. Uma terceira advertência resultará na desqualificação do canoísta nesta prova, que deverá sair da água imediatamente.
f.3) Largada Le Mans
Os competidores devem estar de pé, parados, na linha de largada. O árbitro de largada, quando se certificar que todos estão parados deverá pronunciar a palavra “atenção” seguida por um tiro, buzina ou a palavra “sai”.
Se um ou mais competidor iniciar a correr antes do tiro ser disparado será declarada largada falsa e os competidores infratores serão advertidos. Uma segunda advertência acarretará em uma penalização de dois minutos. Uma terceira advertência acarretará da desqualificação do competidor desta prova.
Na largada Le Mans, nenhum competidor pode agarrar, bloquear ou obstruir outro competidor no caminho para seu barco.
f.4) Largada Lançada
Os barcos devem estar alinhados antes da linha de largada e deixarem-se levar até o árbitro de largada.
O árbitro de largada deve assegurar-se que a linha esteja o mais reto possível e que nenhum competidor obterá qualquer vantagem injusta na largada.
Quando o árbitro de largada estiver satisfeito, deve se posicionar a 10 metros da linha de largada dar o sinal “atenção” seguido pelo tiro, buzina ou a palavra “sai”.
Se um ou mais competidor iniciar a remar antes do tiro ser disparado, ele terá cometido uma largada falsa. Uma penalização de dois minutos deverá ser imposta imediatamente aos competidores infratores.
f.5) Largada intervalada
Os competidores devem ser chamados para a posição de largada na ordem pré-determinada. Deverá ser-lhes dado o aviso de cinco minutos, dois minutos e de um minuto antes do horário correspondente a respectiva largada.
O árbitro de largada deve assegurar-se que cada competidor, ou grupo de competidores, esteja parado e alinhado.
Um competidor que largar antes do aviso de dez segundos será chamado novamente para seu posto na largada e será descontado o tempo que levar para fazê-lo. Um competido que largar entre o aviso de dez segundos e o tiro ou ordem de largada, será penalizado imediatamente com dois minutos.
G) Quaisquer penalidades impostas sobre estas regras devem ser notificadas para o chefe de equipe do atleta infrator pelo Comitê de Competição. Quando possíveis todas as penalizações por tempo devem ser também notificadas ao competidor (es) infrator (es) no primeiro ponto de controle.
H) Provas de vários estágios
Quando uma prova é dividida em vários estágios, a largada do segundo e subsequentes estágios no mesmo dia devem ser cumpridas individualmente, ou em grupos, como determinado pelos organizadores e avisado na reunião de chefes de equipe.
Se realizada individualmente, os competidores partirão na ordem de chegada do estágio anterior, no mesmo intervalo de tempo.
Se realizada em grupos, estes também devem considerar a ordem de chegada do estágio anterior e as diferenças de tempo registradas. O tempo será cumulativo e o vencedor será aquele que somar o menor tempo durante todo o percurso, considerando os descontos das penalizações, no caso de haver algumas, impostas pelos organizadores. O reinicio do segundo e subsequente dias poderá utilizar qualquer dos métodos, iniciais ou dos estágios, descritos nesta regra.
26) Retornos
Quando uma prova é realizada em um percurso com pontos de retorno, estes devem ser deixados à bombordo isto é, sentido anti-horário, a menos que seja indicado outra forma.
27) Ultrapassagens
Quando uma canoa ou caiaque esta ultrapassando outra canoa ou caiaque, é dever da embarcação ultrapassada deixar livre durante todo o momento para o barco que esta ultrapassando.
28) Colisões ou danificações
Todo competidor que seja responsável por uma colisão ou danos na canoa, caiaque ou remo de outro competidor poderá ser desqualificado.
29) Assistência
a) Um competidor não pode ser acompanhado durante o percurso ou ajudado de forma alguma por outra canoa/caiaque não inscrita no evento ou por qualquer outra embarcação. Toda ajuda deve ser dada da margem, exceto por motivos de segurança.
b) Em Campeonatos Brasileiro e Copas Brasil, nenhum competidor pode aproveitar da “marola” de um competidor da mesma entidade, porém de outra categoria.
c) Um competidor pode receber assistência da margem. Tal assistência é limitada para serviços de primeiros socorros, provisão de comida, bebida, roupa, reposição de um equipamento defeituoso (incluído remos) e ajudar com reparos, mas não poderá ser carregado de forma alguma.
d) No caso de virar, um competidor poderá receber assistência para esgotar a água de seu barco e voltar para a competição, mas não poderá ser adiantado de forma alguma.
e) Um competidor que seja portador de uma deficiência física poderá, por um acordo do Comitê de Competição, receber assistência nas portages, por ajudantes designados, para: ajudar o remador sair do barco ou levantá-lo para que os ajudantes possam carregar seu barco. Mas de forma alguma poderá tirar uma vantagem injusta como resultado desta assistência.
f) Nenhuma troca ou substituição de barcos é permitida, mesmo com outros competidores da mesma equipe.
30) Medidas de segurança
Cada barco deve carregar flutuadores suficientes, ou vindos de fábrica ou colocados posteriormente, para manter o barco flutuando mesmo quando completamente cheio de água. Por decisão dos organizadores, todo competidor deverá usar coletes salva-vidas e outros equipamentos de segurança, que devem ser especificados na inscrição. Todo competidor que não respeitar as normas fornecidas pela organização será impedido de largar. Caso já tenha largado, será desqualificado.
Competidores participam por conta própria. Nem os organizadores, nem a CBCa, poderá ser responsabilizada por acidentes ou danos de material que possa ocorrer durante a prova.
Todo árbitro deve observar se as medidas de segurança estão sendo respeitadas e impedir barcos e competidores de largar ou continuar a prova se verificarem a quebra de alguma destas regras.
Provas de maratona podem envolver os participantes em situações perigosas. É uma exigência que todo competidor, ao encontrar outro em perigo real deve fornecer toda ajuda possível. Não ajudar um competidor em perigo pode ser motivo de desqualificação.
31) Chegada
A linha de chegada é alcançada quando a proa da canoa ou caiaque, com o(s) competidor(es) dentro, passar entre as bandeiras de sinalização. Se dois ou mais barcos alcançarem a linha de chegada ao mesmo tempo, eles terão a mesma classificação.
32) Portage
Os competidores poderão somente sair da água nos pontos determinados pelos organizadores da prova.
Não poderá haver desembarque para uma portage ou reembarque de uma portage nos 100 metros próximos da largada ou chegada.
a) Nos pontos de portage obrigatória ou opcional, os limites da secção do rio para ser esta realizada, devem estar claramente marcadas por bandeiras mostrando o início e o final da área de embarque e desembarque. As bandeiras marcando a portage devem ser divididas diagonalmente em vermelho e amarelo.
b) Todos competidores (e seus ajudantes designados, quando permitido) devem desembarcar na área definida, carregar suas embarcações por toda portage e reembarcar na área definida.
c) Toda a margem depois do final da área de desembarque e antes do início da área de embarque está fora dos limites.
d) Os organizadores devem promover espaço suficiente para permitir que ao menos 04 K-2s possam realizar a portage simultaneamente.
e) Um competidor realizando uma portage em outro ponto daqueles designados ao longo do percurso, não poderão fazer nenhum avanço, tendo que reembarcar no mesmo ponto que desembarcaram, salvo quando autorizado pelo Comitê de Competição.
f) Onde encontrar águas com pouca profundidade é sempre permitido desembarcar no rio e arrastar ou carregar o barco até onde seja possível remar novamente.
g) Sob nenhuma circunstância uma portage poderá ser usada para encurtar o percurso da prova.
33) Doping
Doping é estritamente proibido.
34) Informações
Depois do término de uma competição nacional de maratona, listadas no Calendário Competitivo da CBCa, duas cópias dos resultados devem ser enviadas para a Assessoria de Imprensa da CBCa e uma cópia para o diretor do Comitê de Maratona da CBCa.
V - Normas específicas para Campeonatos Mundiais
35) Organização
O Campeonato Brasileiro pode ser realizado todo ano com o consentimento do Comitê de Maratona da CBCa, na data e local aprovado por este e de acordo com o regulamento de maratona da CBCa.
Os Campeonatos Brasileiro devem ser abertos somente para membros das entidades filiadas à CBCa.
Para um evento ser reconhecido como Campeonato Brasileiro, devem participar um mínimo de 03 (três) entidades.
Não há limite de inscrição de barcos por entidade em cada prova, a menos que determinado pelo Comitê de Maratona. Campeonatos Brasileiros devem ser realizados em dois dias, cada prova deve ser completada em somente um estágio, sem interrupções.
36) Percurso
O percurso para um Campeonato Brasileiro deve ser de características normais e dentro da experiência geral das entidades organizadoras de provas de maratona.
Deve ser incluído um número limitado de “portages”, normalmente um mínimo de duas.
A distância nas categorias sênior deve ser tal que o ganhador de cada classe complete o percurso em não menos do que 2 e ½ horas e não mais que 3 horas.
As entidades que desejam organizar um Campeonato Brasileiro devem ter submetido a proposta de percurso e preparativos técnicos à inspeção do Comitê de Maratona da CBCa.
37) Convites, inscrições e programa.
Convites para Campeonatos Brasileiro devem ser publicados pela entidade organizadora, de acordo com o regulamento da CBCa.
Convites devem ser enviados pelo menos dois meses antes da data do campeonato.
Inscrições das entidades devem constar o número de competidores e chegar em mãos do Comitê de Competição pelo menos 20 dias antes da competição, este número deve incluir substitutos e chefes de equipe. Os nomes dos competidores em cada classe deve ser recebido pela federação organizadora, até 07 dias antes da competição. Substitutos podem ser inscritos de acordo com as regras nos parágrafos 12 e 14.
Nenhuma inscrição recebida depois da data limite poderá ser aceita.
O programa definitivo deve estar disponível três dias antes da competição com as seguintes informações:
a) Horário de largada de cada prova.
b) Nomes e entidade de todos os competidores em cada classe.
c) Instruções completas do percurso e treinamento prévio.
38) Júri e árbitros
A autoridade final de um Campeonato Brasileiro deve ser de um Júri composto por cinco pessoas indicadas pelo Conselho da CBCa, sendo um dos quais pertencentes à federação organizadora.
Ou o presidente da CBCa ou alguma pessoa eminente na CBCa deve ser indicada como presidente do Júri. Subordinados ao Júri estão o árbitro chefe e outros árbitros, de acordo com o parágrafo 8.
39) Apelações
a) Competidores têm o direito de apelar para o Júri contra a decisão do Comitê de Competição. A apelação, escrita e com os motivos, deve ser endereçada para o presidente do Júri e apresentada pelo chefe de equipe no máximo vinte minutos depois de ter assinado o recebimento da notificação, por escrito, da decisão contra o competidor ou equipe.
b) Se um canoísta envolvido na desqualificação estiver ainda completando o percurso, o prazo para encaminhar a apelação deve ser estendido até uma hora depois que o canoísta ter completado a prova ou ter sido retirado desta.
c) Uma apelação deve ser acompanhada por uma taxa de US$ 25 (ou o equivalente). A taxa será reembolsada no caso da apelação ser aceita.
d) Ao receber a apelação, o presidente do Júri deve avisar os chefes de equipe envolvidos e providenciar a discussão da apelação.
e) A apelação deve ser discutida o quanto antes. Testemunhas podem ser chamadas.
f) A decisão dos jurados é final.
40) Controle de embarcações
Os árbitros controladores de embarcações irão vistoriar de acordo com os equipamentos usuais. No final da prova, os quatro primeiros colocados serão vistoriados novamente.
41) Premiação
As medalhas, em Campeonatos Brasileiro, devem ser distribuídas de acordo com o procedimento olímpico. Devem ser dadas em três valores: ouro, prata e bronze. As medalhas não devem ser de modo algum presenteadas para outras pessoas que não aquelas que ganharam as provas do campeonato.
Somente medalhas, excluindo outros prêmios, devem ser presenteados na cerimonia de premiação oficial. Outros prêmios podem ser distribuídos em ocasião distinta a esta cerimonia.
Para manter a dignidade e solenidade da cerimonia de premiação, os competidores, para receber as medalhas, devem vestir um conjunto de moletom ou o uniforme da equipe.
42) Resultados e relatório
Os resultados de Campeonatos Brasileiro, relatórios de qualquer protesto feito e outros documentos necessários concernentes a prova, devem ser enviados a Secretaria Geral da CBCa pela entidade organizadora em até 5 dias depois do término do campeonato.
Associação de Canoagem de Florianópolis.
Barra da Lagoa - Florianópolis - SC
Contato:diretoria@ascf.com.br
Maurício de Sousa :48-9996 1440